

O amplo setor agrícola nigeriano emprega quase metade da força de trabalho e responde por cerca de 24% do PIB. A maior parte da produção provém de pequenos produtores: 80% dos agricultores fornecem aproximadamente 90% das safras do país. Ainda assim, os rendimentos permanecem baixos — por exemplo, a produtividade média do trigo é de cerca de 1,1 t/ha, o que leva a Nigéria a importar quase todo o seu consumo de trigo. Essa diferença explica-se pelo acesso restrito à irrigação, à mecanização e aos insumos. Regiões que apresentaram rendimentos semelhantes conseguiram avanços significativos ao adotarem sementes melhoradas, fertilizantes e equipamentos. A Nigéria dispõe hoje do mesmo potencial. Apoiamos os atores do agronegócio a explorá-lo, introduzindo sementes melhoradas, sistemas de microirrigação e práticas de fertilização de precisão adaptadas às condições nigerianas. Aliadas a serviços de consultoria agrícola digitais, essas soluções podem aumentar substancialmente a produtividade e a renda rural.
Investimento estrangeiro e transformação agroalimentar na Nigéria
A grande população da Nigéria e a elevação de rendimentos tornam o mercado particularmente atraente. Em 2025, o governo nigeriano e o Afreximbank asseguraram um fundo de 1 bilhão de dólares destinado a financiar 24 milhões de pequenos produtores (que respondem por cerca de 90% da alimentação do país). Esse apoio em alto nível ilustra a ambição da Nigéria de modernizar sua agricultura. Num continente cujo mercado alimentício deverá atingir cerca de 1.000 bilhões de dólares até 2030, a Nigéria precisa intensificar a produção para suprir a demanda doméstica. Além disso, a agricultura no país gera retornos sociais relevantes: uma análise do Banco Mundial indica que um investimento de 1 milhão de dólares no agronegócio cria mais empregos do que a mesma quantia investida na indústria ou nos serviços.
Principais vantagens
• Mercado amplo e em crescimento: com mais de 200 milhões de habitantes, a Nigéria constitui a maior base de consumidores da África. A urbanização e o aumento de renda impulsionam a demanda por alimentos. (Como comparação, o mercado alimentar africano projeta-se em aproximadamente 1.000 bilhões de dólares até 2030.)
• Alto impacto social e rentabilidade: o agronegócio gera benefícios sociais expressivos. Por exemplo, 1 milhão de dólares investidos na agricultura nigeriana cria mais empregos que o mesmo montante na indústria manufatureira, promovendo o aumento das rendas rurais.
• Acesso ao comércio regional: signatária da Zona de Livre Comércio Continental Africana, a Nigéria conecta-se a um mercado de cerca de 1,2 bilhão de pessoas e a um volume aproximado de 2,5 trilhões de dólares. Com a redução das barreiras intra-africanas, produtores nigerianos podem exportar alimentos processados e matérias-primas por todo o continente.
• Apoio político e financeiro: autoridades e bancos de desenvolvimento ampliam financiamentos e incentivos. Além do acordo com o Afreximbank, a Nigéria investe em zonas agroindustriais especiais e fomenta parcerias público-privadas para impulsionar a transformação alimentar.
Nossa prioridade vai além da demanda doméstica: tratamos da transformação agroalimentar — a transição da exportação de matérias-primas para o processamento local. A Nigéria continua importando volumes significativos de alimentos e ingredientes — em 2023 essas importações agrícolas totalizaram cerca de 6,6 bilhões de dólares. Auxiliamos nossos clientes a instalar fábricas locais, moinhos de arroz, unidades de processamento de oleaginosas e instalações de extração a frio, de modo que o processamento ocorra no próprio país. Isso preserva o valor agregado e reduz a fatura de importações. Por exemplo, o mercado de arroz na Nigéria vale quase 5 bilhões de dólares por ano enquanto a produção nacional declinou: desenvolver moinhos e sistemas de cultivo irrigado permitiria capturar grande parte desse mercado. Do mesmo modo, embora a Nigéria seja líder africana em produção de mandioca e milheto, parcela relevante ainda é exportada a granel ou perdida pós-colheita. Aconselhamos sobre a escolha de localização (próxima às áreas de cultivo ou a agroparques), importação/montagem de equipamentos e cumprimento de normas (certificações NAFDAC/SON). Nossa equipe realizou estudos de mercado para novos moinhos e fábricas de oleaginosas na Nigéria, avaliando disponibilidade de insumos e canais de escoamento. Alinhamos esses projetos às políticas locais, por exemplo aos programas “anchor-borrower” e aos incentivos estaduais, para garantir a viabilidade financeira desde o primeiro dia. Como notam analistas do Banco Africano de Desenvolvimento, ampliar o processamento alimentar (via modelo SAPZ) é crucial para um crescimento que gere empregos.
Abastecimento seguro de ingredientes e desenvolvimento de cadeias de valor
Empresas alimentares globais que se abastecem na Nigéria exigem ingredientes confiáveis, disponíveis durante todo o ano e rastreáveis. Projetamos cadeias de abastecimento integradas que ligam produtores nigerianos a processadores: mapeamento de áreas agrícolas, organização de produtores em cooperativas de fornecimento ou modelos de agricultura contratada. As parcerias com os agricultores são centrais na nossa abordagem: ajudamos a estruturar contratos de compra de longo prazo e treinamentos práticos para produtores de milho, mandioca, óleo de palma, entre outros. Esse envolvimento garante fornecimento estável de matérias-primas e eleva a qualidade na fazenda. Reforçamos também o controle de qualidade, análises laboratoriais, certificações (orgânico, Fairtrade, ISO…) e boas práticas agrícolas nos pontos de coleta para atender exigências de exportação.
A rastreabilidade é outro pilar: implementamos ferramentas digitais (aplicativos móveis, pilotos em blockchain, geotagging por GPS) para acompanhar integralmente cada lote, da fazenda à fábrica. (Por exemplo, serviços digitais direcionados já aumentaram os lucros de agricultores nigerianos em cerca de 10%, evidenciando o impacto da agricultura orientada por dados.) Esses sistemas reduzem fraudes e litígios: o comprador pode verificar origem, variedade e uso de fitossanitários em um carregamento. Identificamos também necessidades de cadeia de frio: a Nigéria perde hoje cerca de 40% da produção por perdas pós-colheita, daí a importância de avaliar soluções como armazenagem refrigerada solar, silos e transporte em temperatura controlada. Ao integrar armazenamento refrigerado e logística aprimorada, nossos clientes reduzem significativamente perdas, especialmente em produtos perecíveis (frutas, hortaliças, tubérculos).
Ao estruturar essas cadeias de valor seguras, nossos clientes garantem fornecimentos de qualidade e aptos para exportação ao longo do ano. Implementamos monitoramento avançado (plataformas digitais e análises por IA) para supervisionar a cadeia: sensores meteorológicos e de estoque na fazenda, compras eletrônicas e acompanhamento de pagamentos aos centros de coleta. Essa transparência atende às exigências de compradores internacionais e gera impactos socioambientais — aumento da renda dos agricultores nigerianos e redução do desperdício na cadeia.
Transferência de tecnologia agritech e foodtech por meio de parcerias
Fechar a lacuna de produtividade na Nigéria exige tecnologia avançada e know-how. Facilitamos parcerias para transferência de tecnologia entre inovadores internacionais em agritech/foodtech e atores nigerianos: licenciamento de sementes de alto rendimento, sistemas de irrigação eficientes, plantadeiras mecanizadas, equipamentos pós-colheita, tudo adaptado ao contexto local. Por exemplo, a Nigéria aprovou recentemente quatro novas variedades biotecnológicas de milho (os híbridos TELA), tornando-se um dos países africanos a implantar milho geneticamente modificado. Contribuímos para estender esses avanços a outras culturas, colaborando com institutos de pesquisa nigerianos (IITA, NAERLS, entre outros) e fornecedores de insumos. No âmbito do processamento, negociamos acordos para linhas de embalagem, enriquecimento nutricional e moinhos movidos por energia limpa, de modo que as fábricas nigerianas adotem práticas modernas.
Nossos serviços principais incluem:
• Monitoramento de inovação: acompanhamento contínuo das tendências globais em agritech/foodtech (drones, sementes biotecnológicas, equipamentos de precisão, plataformas digitais etc.) e avaliação de sua adequação à Nigéria.
• Estruturação de acordos: negociação de licenciamento e parcerias — por exemplo, auxiliar uma empresa europeia de estufas a licenciar seu projeto a um investidor nigeriano, com cláusulas de PI claras e implementação de projetos-piloto.
• Localização e capacitação: adaptação das tecnologias às culturas, línguas e competências locais. Programas de formação são essenciais; serviços de extensão digital adaptados aos produtores nigerianos demonstraram aumentos significativos de lucro. Organizamos treinamentos práticos, desde manutenção de equipamentos até orientações agronômicas acessíveis por smartphone.
A mecanização (tratores modernos, plantadeiras) pode multiplicar os rendimentos ao permitir semeadura pontual e aplicação precisa de nutrientes. Por meio dos nossos projetos de transferência tecnológica, os clientes podem instalar e operar esses equipamentos localmente.
A formação prática é igualmente crucial: apoiamos programas que treinam agricultores e técnicos locais no uso das novas tecnologias. Iniciativas colaborativas (como programas da HelloTractor) mostram que o treinamento em equipamentos aumenta a produtividade; replicamos esses modelos em escala nacional.
Com essas medidas, aceleramos a introdução de ferramentas de alto desempenho nas fazendas e nas fábricas nigerianas. Observamos que projetos tecnológicos em PPP (com financiadores ou centros de pesquisa) melhoram significativamente rendimentos e rendas em locais-piloto; nosso objetivo é ampliar esse sucesso para as diversas agro-ecologias do país.
Resumo
Para empresas agrícolas internacionais que queiram estabelecer-se na Nigéria, oferecemos uma oferta completa: estratégia de investimento, estudo de entrada no mercado, engenharia de cadeias de abastecimento e implementação tecnológica — tudo customizado ao contexto nigeriano. Nossas recomendações baseiam-se em dados e no quadro político mais recentes. O governo nigeriano e especialistas defendem um modelo centrado na produção: passar de culturas a granel para atividades de manufatura de alto valor agregado, a fim de gerar empregos e reforçar a segurança alimentar. Ao alinhar capitais com abastecimento inteligente e tecnologias apropriadas, nossos clientes poderão aproveitar o considerável potencial ainda inexplorado da agricultura nigeriana. Em suma, transformamos oportunidades — da mecanização em larga escala à rastreabilidade digital — em resultados comerciais concretos, ao mesmo tempo em que apoiamos a segurança alimentar, os meios de subsistência rurais e a rentabilidade.
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Sr. Kosona Chriv
Co-Fundador, Vice-Presidente responsável pelas Operações, Comercial e Marketing
Deko Integrated & Agro Processing Ltd
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